CULTO DA FAMÍLIA EM MISSÕES (10/08/2014)
Em
uma fábrica onde se confeccionava teares complicados, um aviso preso a parede
dizia: “Em caso
dos fios emaranharem chame o supervisor”.
Certo dia, uma das maquinas acabou
embolando os fios, e uma funcionária com
as melhores das intenções, tentando não incomodar o supervisor, tentou por
si mesma resolver a situação.
Depois de muito tentar, sem conseguir
obter êxito em seu intento, a funcionária decidiu procurar pela ajuda do
supervisor.
Quando ele se aproximou da máquina, ao ver
o estado da mesma, perguntou a operaria: “Você tentou desembaraçar os fios?”
Ela respondeu: “Fiz o melhor que eu pude”. Ele então lhe respondeu: “Numa situação como esta o melhor a se fazer é me chamar”.
Embora esta história seja aparentemente
sem grande importância, trata exatamente acerca do que acontece em nossas
vidas.
Todos nós sabemos que a melhor coisa a se
fazer no momento de qualquer dificuldade, é colocar a situação nas mãos de quem
realmente sabe o que fazer.
Muitas das vezes nós somos como esta
operária; Tentamos resolver sem chamar quem deveríamos e ao invés de
consertarmos acabamos permitindo que a situação se agrave.
Então surge Jesus, e faz um convite que de
primeira impressão é tentador:
“Vinde a mim, todos os que estão
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. / Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. / Porque o jugo é suave, e o meu fardo é leve”.
Agora
escute-me:
Ouvir estas palavras de Jesus na atual
esfera em que a Igreja está inserida é aparentemente fácil.
Agora vamos nos contemporanizar aos dias
de Jesus, no momento em que proferiu estas palavras:
Naquela época havia um concenso de
discussão rabínica. Onde os rabinos passavam grande parte dos seus dias,
discutindo a Lei.
Por exemplo; Um dizia: É proibido
trabalhar aos sábados.
Mas o que era trabalhar aos sábados? Andar
mais do que 5 Km no sábado, é trabalho.
Ai vinha outro rabino e dizia: Não!
Trabalhar aos sábados é caminhar mais do que 8 km.
Então vinha outro e dizia: Caminhar 8 Km
sem carregar nenhuma sacola, se estiver carregando, apenas 5 km.
E eles passavam os seus dias observando o
comportamento das pessoas, tentando aplicar sobre elas as imposições da Lei.
E estas imposições eram chamadas de
“jugo”. Por exemplo:
Nos dias de Jesus haviam 02 (duas) escolas
rabínicas de grande notoriedade:
1. A do rabino Hillel à Que era mais liberal.
a)
Permitia o divorcio em qualquer circunstancia.
2. A do rabino Shammai à Que era mais conservadora.
a)
Só permitia o divorcio em caso de pornéia
(adultério).
Então por exemplo; Quando trouxeram aquela mulher pega no ato de adultério e a trouxeram
até Jesus, eles estavam querendo identificar a qual dessas 02 (duas) escolas
Jesus defendia.
A do rabino Hillel que era mais liberal;
Ou a do rabino Shammai que era mais tradicional e conservadora.
A questão aqui não está se Jesus é contra
ou a favor do divórcio. Aliás, ainda hoje existem enormes divergências acerca
das palavras de Jesus.
Então, eram estas formas de interpretações
da Lei de cada rabino que eram chamadas de “jugo”.
Quando surgia um novo rabino, era então
reunido um conselho formado por outros rabinos, e estes investigavam o
candidato a ser rabino.
E depois de considerarem suas formas de
interpretação quanto a Lei, davam-lhe ou não o direito de formar seus
seguidores (Talmude = Discípulo / Talmudim = Discípulos), e terem o seu próprio
“jugo”.
Então, em meio a este cenário, vai surgir
Jesus e dizer:
“...Tomai sobre vós o meu jugo...” .
Então vamos considerar e avaliar o que representa
tomar o jugo de Jesus, considerando a época:
1. Enquanto para os defensores da Lei, o pecado consistia em ‘tocar’, para Jesus
o pecado consistia na interioridade do ser humano.
a)
Enquanto para um fariseu, tocar em um leproso era
tido como sendo algo contra a Lei, Jesus tocava em leprosos;
b)
Enquanto para um fariseu, o adultério consistia no
ato de duas pessoas irem para a cama; Para Jesus o simples fato de ficar
imaginando coisas, era como o ato do pecado.
c)
Enquanto para um fariseu, a Lei consiste em “amar o
seu próximo”, para Jesus devemos amar os nossos inimigos.
O que Jesus está querendo dizer, é que o pecado não está apenas ao
alcance dos dedos, e sim das mais intimas e secretas concepções do ser humano.
E nós (diga-se de passagem), gostamos dessa “falsa” concepção de que
somos impecáveis.
Nós gostamos de nos sentir os “santos”, e adoramos quando surge alguém
que nós possamos tacar pedras.
Aliás, muitos de nós já andamos com pedras no bolso, e estamos sempre
prontos a usá-las.
Quem olha para Jesus, e considera apenas aquilo que ele faz, o tem como
sendo mais liberal.
Mas quem olha para Jesus e ouve o que Ele diz, verá que Ele era muito
mais rigoroso e conservador do que qualquer outro rabino de sua época.
É por isso que Jesus por inúmeras vezes disse acerca da importância de
se considerar as suas palavras.
Porque elas iam muito mais além do que aparentavam em seu
pronunciamento.
O jugo de Jesus é apresentado por Ele como sendo “leve”, pois não se
prendia a nenhum rito.
Mas considerando cautelosamente, veremos que Ele é mais pesado do que
qualquer outro já existente.
O jugo fariseu era exteriorizado; O jugo de Jesus era interiorizado.
É por isso que Jesus confronta os fariseus e os chama de “sepulcros
caiados”.
Por fora são aparentemente perfeitos, mas internamente são podres.
Então a proposta de Jesus ao oferecer o seu “jugo”, era fazer com que o
homem reconhecesse que precisa mudar.
Era fazê-lo reconhecer que precisava de ajuda não para alterar o seu
exterior, mas o seu interior.
A proposta de Jesus é aliviá-los da falsa moralidade da Lei, e
propor-lhes uma verdadeira mudança.
Mas para que isso acontecesse, seria necessário algo: DECISÃO.
A pessoa precisaria se decidir; Se decidir em deixar de lado tudo aquilo
que a aprisionava fosse por tradição, por costumes, etc.
E “tomar sobre si” o jugo de Jesus.
A vida é como o emaranhado de fios que citei ao inicio desta
ministração.
E existem momentos em que por mais que tentemos por nós mesmos
“desembaraçar” os fios, acabamos por complicar ainda mais.
Por mais que tentemos promover em nós o Evangelho, sejam por ritos,
costumes, tradições, etc.
É absolutamente impossível, pois todos nós precisamos de Jesus.
E bom é saber que Jesus tem sempre um convite a nós:
a)
Você que está com sua vida em pedaços;
b)
Você que já bateu em tantas portas;
c)
Você que está sem forças;
d)
Você que se encontra com o coração apertado;
e)
Você que sente um peso sobre seus ombros;
Venham até mim! Eu posso aliviar a carga de vocês.
Eu posso tirar de vocês o peso que está
sobre o seus ombros, e dar a vocês descanso.
Somente Mateus registra esta frase dita por
Jesus; Por que será?
A resposta é que Mateus era uma pessoa nesta condição e ao receber o
convite de Jesus em segui-lo, encontrou alivio para sua alma.
Foi Jesus também quem disse: “Aquele que tem sede venha ate mim e beba”
(Jo. 07:37).
Mas por quê as pessoas não aceitam essa oferta?
Porque aquilo que o mundo oferece é
aparentemente melhor.
Porque a propaganda feita do produto não
atrai os olhos de quem a vê.
Porque quem já experimentou da “graça” não
está disposto a proporcioná-la a outros.
Que sejamos verdadeiramente instrumentos
nas mãos de Deus para anunciar o Seu Evangelho.
O salmista se expressou dizendo:
“O Senhor é a minha luz e a minha
salvação; de quem terei medo? O Senhor é a minha fortaleza da minha vida; a
quem temerei? (...) Ainda que um exercito se acampe contra mim, não se
atemorizará o meu coração; e, se ainda estourar contra mim a guerra, ainda
assim terei confiança” (Sl. 27:01-03)
As pessoas estão sempre procurando um lugar para se apoiarem nos
momentos mais importantes da vida.
Neste tempo de tantas tribulações e frustrações precisamos de alguém de
confiança para nos acolher e nos aconselhar.
Jesus faz um convite que todos os seres humanos deveriam ouvir e aceitar
de todo o coração.
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei." (Mateus 11 : 28)
Neste convite de Jesus veremos 4 características do coração de Jesus.
1.
Jesus faz um clamor para toda a humanidade. “Vinde a mim...”
Essa chamada de Jesus não implica em raça, cor, posição social,
religião, ele simplesmente diz “Vinde a mim”
· O coração de Jesus
chama a humanidade do jeito que ela se encontra pra então mostrar seu amor
transformador. (I Coríntios 1 : 28)
· Esse chamado também
é para você hoje.
2.
Esse chamado não se resume para quem nós achamos que precisa, porém, é
para “...TODOS...”
· Em todos os
lugares, todas aas famílias, todas as situações, Jesus está chamando.
· Todos isso inclui;
Ladrões, prostitutas, leprosos, desempregados..., Jesus não impõe condições ele
diz“TODOS”
· Isso também inclui
você.
3.
Jesus chamou pessoas que estão “...cansados e oprimidos...”
· Cansadas de serem
iludidas por esse mundo, de sofrerem preconceito, de não conseguirem vencer
suas fraquezas e vícios...
· Oprimidos,
depressivos, amargurados, esquecidos...
· Está cansado
de uma vida sem propósito, de ser traído, de ser enganado, de ser mal
compreendido,
· Então esse chamado
com certeza inclui você.
4.
Quem prometeu foi JESUS: “e eu vos aliviarei”
· Jesus não olha a
aparência e nem a situação ele diz “eu aliviarei”.
· Jesus nunca deixou
de cumprir suas promessas. (Num: 23:19)
· Ele vai aliviar com
certeza aliviar seu fardo ou sua opressão.
· Tudo isso é Para você.
CONCLUSÃO: Venha para Jesus não importa como você se encontra
agora, o coração de Jesus o chama “VINDE”; Ele que fazer um grande milagre em
sua vida.